Escrever a leitura, viver a leitura: o salto da literatura para a vida

Diretrizes para o primeiro exercício

KLEIN, Yves. Le Saut dans le vide. Action artistique, 1960.

Transcreva, palavra por palavra, a página de um dos seus contos ou romances preferidos [Lembre-se do que diz Benjamin sobre a diferença entre sobrevoar e caminhar: sobrevoar é ler; caminhar é transcrever]. Transcrever o texto já é vivê-lo de algum modo, mas você quer vivê-lo mais intensamente, embora sutilmente [Lembre-se do que diz Nietzsche sobre as feridas sutis]. Você vai viver a narrativa dessa página. Se a situação narrada implicar algum risco físico à personagem, escolha outra página, outro conto, outro romance. Se for possível viver a narrativa sem nenhum risco à sua integridade física, siga em frente. E faça as adaptações necessárias. [Lembre-se do que diz Sophie Calle sobre os romances: são muito bonitos, mas não precisamos segui-los à risca]. Se precisar interagir com alguém, não se acanhe, não tenha medo de ser chamada de louca [sabemos que você só está fazendo uma experimentação da arte com a vida]. Se houver algum diálogo, lance uma frase do nada para alguém, e anote o que esse alguém responder. Vá improvisando do seu jeito, o diálogo e o que mais lhe aprouver. Escreva um novo texto, contando como você viveu essa página. 

Se quiser participar dessa proposta, envie-nos a transcrição da página original e a página reescrita após a vivência (para esse texto, respeitar o limite de 15 linhas ou 1300 caracteres, contando espaços).

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