A arte de viver a vida cotidiana

Diretrizes para o segundo exercício


TOSANI, Patrick. Cuillères. Vue d’exposition, Museum Folkwang, Essen, 1997.

Escolha um objeto cotidiano e doméstico, daqueles que estão presentes em todas as casas e que usamos todos os dias (uma colher, uma cadeira, uma porta etc.). Escreva uma instrução sobre como usá-lo. Você pode instruir sobre o seu modo de usar corriqueiro ou inventar novos usos para ele. Se escolher por sua utilidade mais usual, não deixe de ser minucioso e detalhista em suas instruções. Você deve imaginar que seu interlocutor não conhece o objeto e nem sabe como usá-lo. Provavelmente ele conhece e sabe. Mas lembre-se de que vivemos nossa vida cotidiana de modo tão automático que não prestamos atenção aos nossos mais repetidos gestos. Sua intenção será arrancar o leitor do hábito, da visão acostumada das coisas. Ao escrever sua instrução, você se servirá das marcas linguísticas de sequências textuais injuntivas (como esta aqui): verbos no imperativo (escolha, escreva, deixe, lembre-se), verbos modais (pode, deve), verbos no futuro do presente (será, servirá), uso da segunda pessoa (você), expressões de hipótese (se, provavelmente, tomara). Tomara que seu leitor desfrute das instruções e mergulhe no delicioso espaço do infraordinário.

* “Os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana” é uma expressão retirada do texto “A complicada arte de ver“, de Rubem Alves. Aliás, recomendamos a leitura!


Se quiser participar dessa proposta, envie-nos suas instruções
(respeitar o limite de 15 linhas ou 1300 caracteres, contando espaços).

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