A primeira proposta de exercício do curso foi: escolher uma página de um dos seus contos ou romances preferidos, transcrevê-la, vivê-la, reescrevê-la a partir do vivido. Leia abaixo uma dessas reescritas, realizada a partir de um trecho do livro A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera.

Inicialmente, após a aula, pensei nesse texto. Mas durante todos os dias que se sucederam não havia conseguido beber café até o final para que visualizasse a borra na xícara - alguém sempre tomava o último gole antes de mim. Sendo assim, procurei outro texto, e nenhum se encaixava. Finalmente, hoje pela manhã, consegui beber os últimos goles de café da garrafa.
A borra de café, ao acaso, me lembrou a carta zero do tarô, “O Louco”, principalmente por causa da sobreposição sol/lua que está acima da cabeça dele. A carta zero pode representar o nada, já que está fora do baralho, mas também por isso mesmo é um infinito de possibilidades. O Louco pode representar entusiasmo, energia e criatividade, e por isso essas características/qualidades devem ser cultivadas. A imaginação, originalidade, descobrimentos são outras possibilidades dessa carta. O caminho do acaso, pensando por essa ótica, pode nos levar a novas descobertas e possibilidades, inclusive por acaso, já que O Louco possui esse espírito aventureiro, muitas vezes infantil (no bom sentido), e de arriscar-se.
Quem não está inscrito no curso, mas quer embarcar na proposta e compor o coletivo de criação, basta acompanhar as postagens do blog e do Instagram (@roteirosminimos) e fazer os exercícios propostos, enviando-nos para publicação.